quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Coaching: o cultivo dos talentos

Coaching: o cultivo dos talentos

Como desenvolver continuamente as competências profissionais




Executivos que se preocupam com o alto desempenho e com a sobrevivência no mercado não têm dúvidas de que necessitam desenvolver suas competências continuamente. Nesse caminho, as organizações que pensam no sucessivo crescimento de seus colaboradores, estão buscando formas de tornar esse desenvolvimento metódico, planificado e mensurável. Os motivos são claros: se a organização possui um "jatobá" entre seus funcionários, será mais adequado oferecer a ele o ambiente apropriado para se desenvolver e se tornar a "árvore grandiosa" para a qual foi criado do que tentar encontrar na floresta do mercado outro "jatobá" que se adapte à cultura organizacional e à missão que possui pela frente.


Dentre as formas de desenvolvimento de competências há maneiras diversificadas de se tratar cada necessidade e cada indivíduo. Dentre os formatos mais individualizados estão a terapia, o mentoring e o coaching. Por mais que as expressões possam parecer ter o mesmo significado e cheguem ao mesmo objetivo, há diferenças determinantes nas atividades que definem a abrangência, o tempo e os resultados que se pretendem alcançar.


Terapia - Em geral, uma sessão de terapia psicológica possui o intuito de auxiliar o indivíduo nas decisões, problemas, tendências e comportamentos que envolvem as relações dele com família-trabalho-sociedade, com ele próprio e seus objetivos. Numa sessão de terapia, que é mediada por um psiquiatra ou psicólogo, na maioria das vezes o paciente traz para ser trabalhado o que lhe incomoda no momento, os acontecimentos recentes que fazem parte do seu dia-a-dia e que, de algum forma, interferem na qualidade de vida e nos resultados conseguidos em todos os campos.


Mentoring - O Mentoring baseia-se, em grande parte, em quem é o mentor, e quem é a pessoa que irá estimular o desenvolvimento do profissional. Essa pessoa normalmente é alguém que está na mesma área que o profissional, trabalhando geralmente na mesma empresa em um cargo superior. O mentor é o espelho no qual o profissional visualiza seu crescimento. É o guru que possui uma carreira que o profissional almeja seguir. O processo de mentoring depende muito da relação entre os dois profissionais. Há os que colocam suas dúvidas numa conversa informal e há os que planejadamente, marcam encontros periódicos, a fim de desenvolver as habilidades e competências do profissional. Como um protetor na organização, o mentor orienta os passos e aconselha as decisões a serem tomadas. Não se exclui deste modelo, todavia, mentores que sejam de outras empresas.


Coaching - O coaching, termo e prática da moda, é o acompanhamento e desenvolvimento periódico de uma determinada competência por um profissional especializado, um consultor externo à organização que possui know-how para ajudá-lo a desenvolver-se. Ao contrário da terapia, o coaching trabalha uma determinada competência - normalmente a que o profissional e seu superior indicam que precisa ser desenvolvida - até conseguir os resultados almejados. Após o trabalho ser desenvolvido com a competência escolhida, passa-se a analisar e desenvolver outra característica ou talento. O diferencial do coaching é o foco de atuação. 


Juntos, líder e colaborador, definem dentre aquelas competências o que necessita ter maior atenção no momento. Com o coaching – que pode ter de 4 a 10 sessões - o profissional encontra formas de desenvolver e praticar ações para o contínuo crescimento. Como um treinador de times esportivos, o papel do coach é estimular e corrigir possíveis práticas advindas de uma determinada competência que precisa ser desenvolvida. O coaching é indicado para um trabalho pontual e específico, com planos de conquistas de resultados num curto espaço de tempo.


Fonte: Caliper

Como se comportar diante do selecionador

Como se comportar diante do selecionador

Na entrevista de emprego você é o produto, o recrutador é o cliente. Venda as suas competências sem se deixar levar pelo marketing enganoso.



Como se comportar diante do selecionadorQuando a competência técnica era suficiente para gerar contratações bastava ter um bom currículo que o sucesso profissional vinha à tona. Com a globalização e a competitividade empresarial as exigências aumentaram. Nesse contexto, uma eclosão de consultores de carreira aproveitou o nicho de mercado para ganhar dinheiro ajudando profissionais a convencerem os recrutadores de que eram as pessoas ideais para ocupar os postos disponíveis.
Só que entrevista de emprego não é receita de bolo. Técnicas contribuem para o êxito nesta etapa, mas não garantem a vaga. Uma contratação depende do tripé empresa-recrutador-entrevistado e seus perfis. Mas num ponto os consultores são unânimes: na relação selecionador versus profissional deve prevalecer a sinceridade.
“O quanto é interessante o ‘faz de conta’ se, dessa forma, o profissional não vai conseguir ficar nem três meses na organização?”, questiona Daniela Amorim, gerente de gestão de pessoas da Unimed, empresa especializada em saúde.
Todavia, é importante estabelecer um limite na franqueza com o entrevistador. Nem todas as falhas de carreira devem ser reveladas, pois alguns deslizes podem eliminar do processo de seleção.
“É muito prazeroso para o recrutador ver que o entrevistado é uma pessoa real, cujos deslizes e fracassos foram corrigidos. Entretanto, ser muito sincero é um perigo. Não é recomendado contar todos os detalhes da vida profissional. É preciso bom senso”, pondera Mariana Portela, consultora de desenvolvimento organizacional da Fellipelli.
Para as consultoras, no cara a cara com o selecionador o profissional deve se comportar como um vendedor, sem cair na tentação do marketing enganoso. Vale lembrar que a embalagem do produto (imagem) é tão importante quanto o conteúdo (conhecimento). Confira as dicas das especialistas para o alcance do sucesso nesta fase do processo.
1. Seja objetivo e focado
O recrutador não está interessado em ouvir histórias. Então, vá direito ao ponto. Responda apenas o que ele perguntar.
2. Não diga que seu defeito é uma qualidade
Perfeccionismo é qualidade. Não seja ingênuo a ponto de achar que vai conseguir driblar o selecionador. Aponte uma dificuldade e diga o que está fazendo para saná-la.
 
3. Olhe nos olhos
Dar atenção ao receptor é fundamental para uma relação plena. É pelo contato visual que o entrevistador vai analisar a honestidade, a segurança e o interesse do candidato.
4. Fale corretamente
Fluência em línguas estrangeiras é requisito básico em diversas áreas, mas não é uma exigência unânime. Um inglês ‘enroscado’ pode até passar, contudo, falhas no português desclassificam o candidato. Utilize uma linguagem clara e concisa. O recrutador dispensa formalidade.
5. Não se ache ‘O cara’
Autoelogios não são bem-vindos em uma entrevista de emprego. Apresente suas competências com naturalidade que elas serão reconhecidas.
6. Revele seus cases de sucesso
Contar exemplos de êxito e fracasso é a base da entrevista por competências. Sempre que houver oportunidade insira brevemente em sua fala projetos desenvolvidos por você nas empresas e os resultados obtidos.
7. Tenha empatia
Coloque-se no lugar do selecionador. Ele tem o papel de encontrar o profissional mais adequado ao cargo disponível. Não pode se dar ao luxo de decepcionar a organização. Se fosse ele, como conduziria a entrevista?

Fonte: Empregos.com.br